hoje me percebi, pela centésima vez,
um ser humano de projetos inacabados,
de alguns sorrisos quebrados
e sonhos desfeitos.
e pela primeira vez isto não me entristece.
"você ainda tem muito o que viver",
diriam alguns, muito experientes;
"precisa sorrir mais",
diriam outros, com cara de paisagem;
"a vida é uma caixinha de surpresas",
diria Joseph Climber.
mas minha única certeza hoje
é o gosto bom que a minha vida tem.
não por realizações, pois foram poucas.
não por dinheiro, pois não tenho.
não por saúde, quem me dera!
não por sucesso, pois nunca procurei.
o gosto bom que sinto não é por nada material ou natural;
é sobrenatural, embora real ao extremo.
é o gosto de um Deus que me criou e que me ama,
que tem um projeto pra minha vida,
que não leva em conta minhas falhas,
que leva em conta meu coração.
e me dá uma paz... mas uma paz...
que não tem tamanho!
e que excede todo o entendimento.
todo.
o entendimento.
o entendimento todo.
hoje descobri, entre velhos cacos, o que já sabia:
que meus projetos nunca foram aqueles,
que meu sorriso não é o que aparece no rosto
e que um sonho não se inventa;
se aprende.
Estácio - Rio de Janeiro, RJ
3 de outubro de 2007
os montes, ah! os montes... / contam histórias tão distantes / de açaizeiros, igarapés, / dos tempos de antes, / lembranças, sussurros e saudades / aos montes. (Minas Gerais, rodovia Rio-Brasília, 20 de dezembro de 2005)
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quarta-feira, 3 de outubro de 2007
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