Das profundezas clamo a ti, Senhor.
Meu coração está coberto de nuvens negras,
como as planícies da Amazônia.
Meus olhos escondem tantas lágrimas
que os mais profundos rios não poderiam imaginar.
Minha garganta está mais seca que o chão dos sertões.
E eu nem mesmo sei explicar o que se passa comigo.
Só tu, Senhor, conheces meu coração,
pois da argila o fizeste,
antes que ele pulsasse pela primeira vez.
E agora por que não me respondes?
Chora, minha alma, e espera pelo Senhor.
Pois sabes que ele um dia vem
inundar toda esta terra seca e morta dentro de ti.
Clama, das tuas profundezas, e ele te ouvirá.
Porque só ele é a tua força.
Estácio, Rio de Janeiro, RJ
8 de janeiro de 2011
2 comentários:
Poema bonito e profundo!Obrigada por compartilhá-lo!:)
bjus
Bem disseste, dia desses: "Não sou poeta". És salmista!
:)
Abraços, Irmão!
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