sábado, 24 de abril de 2010

De volutas e beirais

André Coelho


Uma ruela
que se perde em outra ruela,
que se perde em outra ruela,
que vai dar no mar.

Uma igrejinha de uma torre só,
uma outra sem torres,
um Caminho do Ouro sem ouro.

Aquilo que fez a vida um dia parar
hoje é motivo de vida.

E a mesma vida segue,
volutosa,
barroca,
simples,
antiga...
correndo parada.
"Como se não existisse chegada
na tarde distante,
ferrugem 
ou nada."
(Djavan - A Rota do Indivíduo)

Paraty, RJ
24 de abril de 2010

Um comentário:

Lília Marianno disse...

Paraty é meu cantinho no mundo.
Um lugar que a qualquer momento em que eu vá para lá, me deixa feliz, com sensação de ser criança, de ser menina novamente.
Muito feliz que "minha cidade" tenha conversado com você!

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