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Belém-PA, Cidade Velha. André Coelho, 2006. |
Quem freqüenta o Farinha de Tapioca sabe que eu não tenho o costume de postar aqui letras de música. Não é que eu não goste. Na verdade, gosto tanto que criei um blog exclusivo para postar as letras das minhas músicas favoritas, chamado Das Canções a que Sou Preso.
Mas hoje, no comecinho da noite, enquanto eu fazia meu trajeto diário até a colina do Seminário do Sul, onde estudo, cruzando de ônibus as ruas da Tijuca, lembrei-me de uma de minhas canções favoritas da Marisa Monte (daquelas que vivem atadas à alma mesmo) e que, geralmente me remete à Cidade Velha de Belém, ou a Óbidos.
E pela primeira vez visualizei o céu (o céu cristão mesmo, também chamado de paraíso) de uma forma que nunca havia feito antes, profundamente espiritual e tupiniquim:
VILAREJO
Marisa Monte, Pedro Baby, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown
Há um vilarejo ali,
onde areja o vento bom.
Na varanda, quem descansa
vê o horizonte deitar no chão
pra acalmar o coração.
Lá o mundo tem razão;
terra de heróis, lares de mãe,
paraíso se mudou para lá.
Por cima das casas, cal;
frutos em qualquer quintal.
Peitos fartos, filhos fortes,
sonhos semeando o mundo real.
Toda gente cabe lá,
Palestina, Shangri-lá.
Vem andar e voar...
Lá o tempo espera,
lá é primavera.
Portas e janelas
ficam sempre abertas
pra sorte entrar.
Em todas as mesas, pão;
flores enfeitando
os caminhos, os vestidos,
os destinos. E essa canção
tem um verdadeiro amor
para quando você for.
onde areja o vento bom.
Na varanda, quem descansa
vê o horizonte deitar no chão
pra acalmar o coração.
Lá o mundo tem razão;
terra de heróis, lares de mãe,
paraíso se mudou para lá.
Por cima das casas, cal;
frutos em qualquer quintal.
Peitos fartos, filhos fortes,
sonhos semeando o mundo real.
Toda gente cabe lá,
Palestina, Shangri-lá.
Vem andar e voar...
Lá o tempo espera,
lá é primavera.
Portas e janelas
ficam sempre abertas
pra sorte entrar.
Em todas as mesas, pão;
flores enfeitando
os caminhos, os vestidos,
os destinos. E essa canção
tem um verdadeiro amor
para quando você for.
Hoje é Equinócio. Dia e noite do mesmo tamanho. Evento que só acontece duas vezes ao ano e que marca exatamente a entrada do outono (em maio) e da primavera (em setembro).
Não gosto dos dias longos demais do verão. As noites estendidas do inverno até que me agradam bastante.
Mas, no céu que eu imagino, todo dia é Equinócio, como acontece na linha do Equador.
João, na Ilha de Patmos, visualizou o céu com ruas de ouro.
E você?
Um comentário:
Essa canção da Marisa é lindíssima, ficaria ainda melhor se você postasse o clipe, apesar dele não ter tanto a ver com a temática do equinócio.
Parabéns pelo blog, está sempre ótimo.
Até logo!
avozdeantonioanderson.blogspot.com
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