André Coelho
um dia descobri que andando se chega a qualquer lugar
e comecei a andar...
cheguei no Rio de Janeiro, em Curitiba...
sei que tem muito mais a se andar
sei que meus pés já não são os mesmos do início da caminhada;
sei que não sou Forrest Gump,
mas gosto de contar histórias;
sei que um tênis ajuda muito
e que o frio é mais quente do que parece...
e o calor, mais frio...
descobri que todos os ventos que engolem cidades no ar
sempre me levarão a Belém,
de onde me trouxeram.
sei que meus passos um dia vão terminar.
neste dia, quero ter andado o suficiente
pra poder dizer que aprendi a não tropeçar,
como tropecei e ainda tropeço.
neste dia, estarei deitado de sapatos - como Mário Quintana -
mas, em outro lugar, alguém me receberá em casa.
e descobrirei que só consegui andar
porque desde o início,
embora talvez eu nunca houvesse percebido,
aqueles passos não eram meus.
Flog do Semeador - Rio de Janeiro, RJ
07 de julho de 2005
os montes, ah! os montes... / contam histórias tão distantes / de açaizeiros, igarapés, / dos tempos de antes, / lembranças, sussurros e saudades / aos montes. (Minas Gerais, rodovia Rio-Brasília, 20 de dezembro de 2005)
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
enquanto alguém semeia...
André Coelho
vozes gaiatas e boêmias na madrugada.
um tiro.
outro tiro.
e o silêncio.
e o Rio de Janeiro continua lindo...
Estácio - Rio de Janeiro, RJ
08 de setembro de 2005
vozes gaiatas e boêmias na madrugada.
um tiro.
outro tiro.
e o silêncio.
e o Rio de Janeiro continua lindo...
Estácio - Rio de Janeiro, RJ
08 de setembro de 2005
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
são Teus pés
André Coelho
são Teus pés a que me curvo,
mesmo mais torto meu caminho,
mesmo o dia mais turvo.
quando me aperta o espinho,
quando de noites me cubro,
quando sozinho,
são Teus pés a que me rendo,
pois os meus já não me ajudam,
e enfim paro, vejo, entendo
que, quando pensamentos me acusam,
são Teus pés que me sustentam
sem mais culpa, mentira, remendo;
feridos e descalços, porém firmes,
são Teus pés.
Julia Seffer - Belém, PA
28 de Dezembro de 2005
*dedicado em 28.12.06 à memória de Samuel de Andrade Barros
são Teus pés a que me curvo,
mesmo mais torto meu caminho,
mesmo o dia mais turvo.
quando me aperta o espinho,
quando de noites me cubro,
quando sozinho,
são Teus pés a que me rendo,
pois os meus já não me ajudam,
e enfim paro, vejo, entendo
que, quando pensamentos me acusam,
são Teus pés que me sustentam
sem mais culpa, mentira, remendo;
feridos e descalços, porém firmes,
são Teus pés.
Julia Seffer - Belém, PA
28 de Dezembro de 2005
*dedicado em 28.12.06 à memória de Samuel de Andrade Barros
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